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Entrevista

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Entrevista à Professora Natividade de Azeredo

Dez/2015 por EB23JMS - Alunos do 7ºA



Decidimos entrevistar a professora Natividade de Azeredo, Subdiretora do Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos, no Pinhal Novo, uma das figuras mais importantes desta escola, no âmbito da disciplina de Português, para aplicar conhecimentos que adquirimos sobre a entrevista.


A professora é do Pinhal Novo?

Não, eu sou do Norte, de Baião. Fica no distrito do Porto, muito próximo de Trás-os-Montes.

Há quantos anos trabalha nesta escola?

Trabalho nesta escola desde 1988, há 26 anos. Trabalhei em duas escolas, uma no Norte, em Mesão Frio, nesta escola (…).

Qual é a disciplina que ensina?

Posso lecionar Português e Inglês, mas, neste momento, só ensino Inglês a uma turma especial.

Prefere trabalhar na direção ou dar aulas?

Eu gosto muito de dar aulas e também gosto de trabalhar na direção, mas só consigo dedicar-me a uma. Não é possível ter um horário cheio, com turmas, ao mesmo tempo que se trabalha na direção.

Dedico-me muito a este trabalho, é muito exigente. Fico satisfeita de poder fazer as duas, desta forma.

Quanto tempo esteve como Diretora deste Agrupamento?

Entrei para a direção em 1990, convidada pelo professor Gil. Estive dezanove anos como Diretora, até 2009.

Porque que é Subdiretora e não Diretora?

Digo a alguns meninos que já sou velhota, que já tenho cabelos brancos escondidos (…) Passei a Subdiretora por minha vontade. Achei que já estava a chegar à idade de me aposentar e que devia sair e dar o lugar a outra pessoa, de confiança, que pudesse ajudar a preparar-se.

Quais foram as decisões mais importantes que tomou na direção desta escola?

Terão sido tantas! Tomar a decisão de passar a Subdiretora, por exemplo, em que tive de ponderar, mexeu um bocadinho comigo; o contributo que dei para que a escola entrasse em Agrupamento, foi um processo muito difícil; e outras, como o envolvimento da escola em alguns projetos como o “PEPT 2000” e o “COMENIUS”.

Nunca pensou em voltar a envolver-se no projeto “COMENIUS”?

Os projetos fazem-se com toda a comunidade. E, agora, como Subdiretora, é mais difícil ser o “motor de arranque” para determinar projetos. Por outro lado, os tempos são outros, por causa da crise.

Acha que os funcionários (docentes/não docentes) estão a desempenhar bem o seu trabalho?

Regra geral, todos se esforçam por desempenhar bem as suas funções. O nosso Agrupamento tem excelentes professores e muito bons auxiliares, mas é como em todas as profissões, há bons e menos bons profissionais.

Concorda com o uso de uniforme para os alunos?

Não concordo. Isso é para os colégios privados. Os alunos têm de ter a liberdade para vestirem o que quiserem, mas com regras e limites, de forma a que haja respeito.

Quem escolheu o nome desta escola?

Foi um projeto em que a escola se envolveu, quando saiu uma legislação que dava a possibilidade de a escola adotar um patrono. Durante um ano as turmas fizeram trabalhos sobre pessoas importantes no Pinhal Novo. Depois, toda a escola votou.

Que diferença é que há entre os alunos do seu tempo e os de agora?

São muito diferentes. Não quer dizer que sejam piores, são diferentes. Há alguns aspetos negativos que, apesar de trabalharmos, continuam a existir. Os miúdos não eram tão dinâmicos. Vocês, hoje, são curiosos e gostam de ir mais além. Acho que antes havia menos iniciativa, menos liberdade e menos curiosidade para determinadas possibilidades. Só há um senão, antigamente eram mais educados e respeitadores dos mais velhos.

Porque é que escolheu esta profissão?

Porque gosto. Não há outra explicação. Não queria outra. Sinto que não tinha vocação para mais nada.

É um grande orgulho para si?

Claro que é! Fico muito contente quando vos vejo crescer, no vosso coração e no vosso entendimento.

O que dizem os seus olhos?

Acho que sou uma pessoa feliz. Não tem sido um percurso fácil. Há momentos em que me questiono, mas, depois de passar a fase mais triste, acho que devo continuar e não desistir. Quando terminar a minha carreira, acho que posso dormir tranquila, porque tentei ser uma boa profissional.

Tenho dado tudo o que é possível dar como profissional e enquanto pessoa.

Gostámos muito desta entrevista, que nos revelou o lado sensível, dedicado e profissional da Professora Natividade.

Os alunos do 7ºA
Ano letivo 2014/2015


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